"Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?" (Romanos 2:4).
Certa vez, em uma clínica conheci uma jovem. Ela andava com grande dificuldade, amparada por dois fisioterapeutas. “Talvez precise de algum conforto”, pensei e lhe dei um folheto cristão. “Não, obrigada. Isso não tem proveito para mim. Não posso fazer nada do que está escrito”. Perguntei, meio surpreso: “Por quê? Você é muçulmana?” – “Não, mas eu determinei minha religião e vivo de acordo com ela.” – “E você acha que vai satisfazer Deus assim?” Isso a provocou: “Ele tem de estar satisfeito”, sorriu e prosseguiu seu caminho. Por um momento fiquei mudo.
Que arrogância, que leviandade! Inválida e doente, ela ainda assim revelava um irredutível orgulho contra Deus.
Logo depois, comecei a conversar com outra mulher. Ela tinha muita alegria por crer em Jesus Cristo, seu Salvador. Falei sobre a minha experiência com a jovem. Ela disse: “Isso é orgulho. Há pessoas que simplesmente não virão a Jesus Cristo, mesmo dentro das igrejas. Um dia se surpreenderão com o que irá acontecer, pois de jeito nenhum irão para o céu”.
Essa mulher resumiu claramente a decisiva questão da fé. Criei coragem e perguntei: “Posso perguntar a que denominação a senhora pertence?” – “Eu sou católica”, ela respondeu. E continuou me falando sobre como gostava de ler a Bíblia, procurando crescer na fé e seguindo Cristo diariamente. Essa mulher também sorriu ao se despedir, porém, neste caso, foi um sorriso completamente diferente. Não de sarcasmo ou orgulho, mas de quem tem um relacionamento com Deus e não apenas uma “religião”.
(Extraído do devocional "Boa Semente").
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