Estava lembrando de quando eu era criança e de alguns brinquedos da minha época que dificilmente as gerações de hoje costumam brincar, como balanço, escorrega, gangorra. Eu gostava muito de brincar, mas confesso que a gangorra sempre me causava certo medo, pois eu sempre achava que ia cair quando não sentia meus pés firmes no chão.
A gangorra pode ser feita de madeira ou ferro, e é simplesmente um cabo comprido que funciona na forma de alavanca. Uma característica importante é que para ela funcionar é necessário duas pessoas, sozinho não tem como brincar. Além disso, essas pessoas precisam ter pesos equivalentes. Se a diferença de peso entre as duas pessoas for muito desigual, a brincadeira não dá certo. Outra característica é que ambos os participantes estão sempre dependendo um do outro, pois quando um sobe, o outro automaticamente desce, e o que subiu só pode descer de novo se o que estiver com os pés apoiados ao chão der impulso novamente. Ou seja, para a brincadeira funcionar, eles precisam ser uma dupla, e apesar de estarem aparentemente em lados opostos, precisam trabalhar em conjunto. E aí está a terceira característica: uma gangorra vive de altos e baixos.
E refletindo nisso eu pude entender que os relacionamentos entre um homem e uma mulher são exatamente assim. Tanto namoros como casamentos são como gangorras. São duas pessoas diferentes, com criações diferentes, que vieram de lugares diferentes. De repente elas se juntam para um jogo, e precisam estar frente a frente de coração aberto se quiserem fazer isso funcionar. Elas também precisam ter algo em comum para o relacionamento dar certo - busque se relacionar com quem busca se relacionar com Deus. Elas precisam pensar parecido, gostar das mesmas coisas, buscar os mesmos objetivos; precisa haver um equilíbrio. A confiança de um no outro é outra coisa fundamental, pois um precisa sempre estar impulsionando o outro para esse jogo do amor não parar. E por mais maravilhoso que possa ser o relacionamento, ele sempre vai ter momentos bons e momentos difíceis, sempre haverá altos e baixos.
Dá mesma forma que eu tinha medo quando não sentia meus pés no chão, hoje estou maduro para encarar minha gangorra, mas com uma certeza que me permite isso, só tem um jeito dessa brincadeira tão simples não se tornar chata e cansativa, a ponto de você ou o outro querer abandoná-la; deixe DEUS entrar nessa brincadeira e conduzir o seu relacionamento. Façam algo diferente, ao invés de ficarem cada um de um lado, sentem juntos do mesmo lado da gangorra e deixem Deus sentar do outro. Busquem juntos a presença de Deus, pois vocês passarão momentos de altos e baixos, mas quando Deus está presente na brincadeira, você sabe que quando seus pés não tocarem mais o chão, Ele vai estar do outro lado para te impulsionar outra vez.
Tenha um relacionamento fincado em Jesus. Deus abençoe todos aqueles que O convidam para participar do jogo da vida.
Graça e Paz!
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